O jovem Jhonathan, morador da Vil20a Santa Izabel, em Barra de São Francisco, teve a morte por febre maculosa confirmada pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) nesta segunda-feira (19). Ela é causada pela picada do carrapato-estrela infectado com bactérias da família Rickettsia.
Jonathan ficou alguns dias internado no Hospital Alceu Melgaço Filho, onde veio a óbito. O jovem deixa mulher e filhos.
Com isso, o caso fica registrado como o primeiro óbito pela doença no território capixaba em 2023.
Segundo a SESA, de janeiro deste ano até esta semana, o Estado registrou 10 casos, com uma morte. A Secretaria destacou ainda que o trabalho de investigação está com o Laboratório Central de Saúde Pública do Espírito Santo (Lacen/ES) que, em 2022, passou a realizar exames de PCR para a febre maculosa, garantindo maior agilidade no diagnóstico dos casos suspeitos.
O período de maior ocorrência de casos acontece entre os meses de agosto a outubro, devido ao aparecimento da fase de ninfa do carrapato.
O que é a febre maculosa?
De acordo com o Ministério da Saúde, a febre maculosa é uma doença infecciosa causada por bactérias do gênero Rickettsia, capaz de provocar febre aguda com gravidade variável.
A doença também pode se apresentar desde as formas clínicas leves e atípicas até formas graves, com alto grau de letalidade. Atualmente, a região de Campinas (SP) passa por um surto da doença com a confirmação de quatro mortes.
A doença não é contagiosa e não é transmitida de pessoa para pessoa, como a gripe, por exemplo.
No Brasil, duas espécies de bactérias estão associadas à febre maculosa:
• Rickettsia rickettsii
• Rickettsia parkeri
Ambas as doenças são transmitidas por carrapatos do gênero Amblyomma, mais especificamente o carrapato-estrela.
Além da febre, como o próprio nome indica, os sintomas incluem:
• Dor de cabeça intensa
• Enjoo
• Vômito
• Diarreia
• Dor abdominal
• Dor muscular constante
Os pacientes também podem apresentar manchas vermelhas nos pulsos e tornozelos, que não coçam, porém, podem aumentar em direção às palmas das mãos, braços ou às solas dos pés.
Em casos mais graves, pode ocorrer gangrena nos dedos e nas orelhas e paralisia dos membros, quadro que se inicia nas pernas e sobe até os pulmões, causando parada respiratória.