Os preços praticados estavam bem abaixo do mercado. músculo bovino, a R$ 19,00, patinho a R$ 21,99 e ainda por cima, com a marca da Frisa, frigorífico de Colatina. Mas, o que Procon Municipal encontrou em supermercado do centro da cidade, na avenida Edinho Pereira, na tarde desta quarta-feira, 12, foram mais de 300 kg de carne imprópria para consumo, algumas com manchas azuis (sinal de deterioração), além de muitas moscas e total falta de higiene.
O coordenador do Procon Municipal, Maurício Vieira dos Santos Marins, que vem comandando pessoalmente as diligências, não informou se o estabelecimento terá que pagar multa.
Esta é a segunda apreensão de carne imprópria para consumo em supermercados da cidade. Ainda esta semana, a equipe também apreendeu mais de 80 kg de carne sem procedência e imprópria para consumo em um supermercado da Vila Vicente.
Após a ação em parceria com a Vigilância Sanitária, realizada na terça-feira, 11, de fiscalização e orientação educativa em 32 estabelecimentos de açougue e supermercados, as denúncias começaram a ser feitas diretamente pelos consumidores, levando o Procon a agir.
Na fiscalização coletiva em praticamente todos os açougues algum tipo de irregularidade foi constatado, sendo a mais comum a falta de informação sobre a origem das carnes. À exceção foi uma empresa que cumpriu com todas as normas sanitárias, localizada no Patrimônio das Moças, saída para Mantena (MG).
A ação faz parte de uma operação conjunta entre as secretarias municipais de Direitos Humanos, Defesa da Cidadania e de Políticas para as Mulheres, e a de Saúde. Entre as principais irregularidades está o manuseio impróprio dos produtos, também foram encontrados produtos sem as datas de fabricação e validade bem visíveis e a falta de informação sobre a origem das carnes.
De acordo com o secretário de Direitos Humanos, Defesa da Cidadania e de Políticas para as Mulheres, Maurício Vieira dos Santos Marins, a denúncia mais comum com relação aos açougues é de que o preço da arroba do boi baixou, mas o preço da carne no açougue continua o mesmo.
“Tendo em vista que nós temos recebido algumas reclamações de que o preço da arroba do boi baixou, mas o preço da carne no açougue continua o mesmo, buscamos realizar ações para verificar a coerência das denúncias e orientar aos açougueiros e comerciantes para se adequarem aos preços correto de mercado”, disse o secretário.
A agente de fiscalização do Procon Municipal, Debora Mello, alertou aos comerciantes quanto a transparência das informações dos produtos. “É importante deixar bem claro para o consumidor todas as informações das carnes, que ele (consumidor) está comprando. No balcão do açougue tem que estar legível de qual frigorífico a carne é fornecida, data de fabricação e de validade dos produtos”, explicou.
Já o agente de fiscalização, Johnny Brando, atentou quanto ao mal uso de equipamento e possível exposição e contaminação das carnes e no ambiente.
“Ao todo nos 32 estabelecimentos, observamos questões de produto impróprio, seja no manuseio ou no ambiente de trabalho. De acordo com a resolução 216/2004 da Anvisa, é obrigatório o uso de luvas, toucas, mascaras e ao manusear o corte da carne, não deixar por perto lixo ou material de limpeza, pois pode acabar contaminando as carnes.
Denúncias
Os consumidores que se sentirem lesados podem registrar suas denúncias e reclamações pelo whatsapp: (27) 3756-8021. Importante enviar os dados pessoais completos como nome, endereço, telefone, CPF e Carteira de Identidade e fotos que comprovem a denúncia ou a relação de consumo, como nota fiscal, anúncios publicitários, dentre outros.
Participaram da ação o coordenador Geral do Procon Municipal, Maurício Marins; os agentes de fiscalização Debora Mello e Johnny Brando; e os fiscais sanitários da Vigilância Sanitária, Saulo Rodrigues Wolffgram, Luis Afonso Pereira e Marcos Suel de Souza.
Fonte: Secom/ PMBSF