O vereador Júnior Corrêa (PL), de Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Espírito Santo, tomou a decisão de deixar a vida política para abraçar a vocação religiosa de padre após um retiro de 15 dias em um mosteiro. Anteriormente, o parlamentar planejava concorrer à prefeitura da cidade nas eleições municipais de 2024 e agora pretende se licenciar da Câmara Municipal.
Em 2020, Corrêa foi o candidato mais votado da cidade, conquistando 2,5 mil votos para a Câmara. Em 2022, obteve a suplência como deputado federal com mais de 37 mil votos.
Em uma transmissão ao vivo realizada nesta quarta-feira (14), Corrêa comunicou a mudança através das redes sociais, aproximadamente uma semana após esclarecer desentendimentos recentes dentro de seu partido. Ele compartilhou sua experiência durante o retiro, onde, no silêncio, ouviu a voz de Deus orientando sua decisão. Mesmo estando em primeiro lugar nas pesquisas com chances reais, optou por se afastar da vida pública, abrindo mão da disputa eleitoral para prefeito, assim como de candidaturas a vereador ou deputado, a fim de se dedicar à sua fé.
Com a licença, Amós Marcelino (PL) assumirá temporariamente o cargo na Câmara. Entretanto, Corrêa afirmou que, mesmo deixando a política, retornará ao legislativo caso seu suplente não compartilhe do mesmo posicionamento ideológico.
Durante o pronunciamento, o vereador esclareceu que não solicitou sua saída do partido e expressou incerteza quanto a uma possível expulsão. Além disso, manifestou descontentamento com conflitos recentes na política e sugeriu que o partido poderá enfrentar dificuldades na corrida eleitoral se Magno Malta não souber dialogar efetivamente com os colegas.