Um vídeo que circulou pelas redes sociais, neste sábado (17/2), causou comoção nacional acerca de um possível novo caso de racismo cometido por militares, no Rio Grande do Sul. De acordo com manifestações de testemunhas nas redes sociais, policiais da Brigada Militar prenderam um homem negro, de 40 anos, que havia chamado a própria corporação, após ter sofrido ameaça de morte de um homem branco, que tinha uma faca.
A ocorrência aconteceu no bairro Rio Branco, a cerca de três quilômetros do Palácio Piratini, sede do governo do Rio Grande do Sul.
O deputado estadual Matheus Gomes (PSol) compartilhou o vídeo da detenção. “O homem negro, agredido pelo senhor branco e sem camisa, denunciou o caso para os policiais. Mas, no meio da situação, foi preso por ‘resistência’ (…) É um absurdo, mas é o racismo que ainda impera na Brigada Militar!”, afirmou o parlamentar.
Ver essa foto no Instagram
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, determinou abertura de sindicância sobre o episódio denunciado como racismo. Segundo nota do governador no X (ex-Twitter), a sindicância deve “ouvir imediatamente testemunhas e apurar as circunstâncias da ocorrência, com a mais absoluta celeridade.”
Sobre a prisão de um homem negro que seria vítima de tentativa de homicídio em POA, determinamos via Corregedoria da @brigadamilitar_ a abertura de sindicância para ouvir imediatamente testemunhas e apurar as circunstâncias da ocorrência, com a mais absoluta celeridade.
— Eduardo Leite (@EduardoLeite_) February 17, 2024
Nem o perfil e nem o site da corporação trazem qualquer informação sobre o episódio. No último dia 8 de fevereiro, “os alunos-oficiais da Brigada Militar participaram (…) de palestra com o tema ‘Racismo Estrutural e a Importância do Letramento Racial para as Instituições de Segurança Pública’”, informa a página da instituição na internet.