Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento foram recapturados em Marabá, Pará, a cerca de 1.600 quilômetros de distância da prisão de segurança máxima de onde escaparam. Este evento marcou a primeira fuga registrada nos cinco presídios federais do país desde a sua criação, em 2006.
Desenvolvimento: Os fugitivos conseguiram escapar da penitenciária em um momento de reformas internas, utilizando ferramentas encontradas dentro do presídio para abrir o buraco por onde fugiram de suas celas individuais. A fuga suscitou suspeitas sobre a possível colaboração interna, com o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva levantando questões sobre a assistência recebida pelos detentos.
Após uma extensa investigação, a corregedoria-geral da Secretaria Nacional de Políticas Penais não encontrou indícios de corrupção entre os servidores da penitenciária. Embora tenham sido identificadas falhas nos procedimentos de segurança, não há evidências de conivência intencional. No entanto, foram instaurados três Processos Administrativos Disciplinares (PADs) e 10 servidores estão sob investigação.
Além disso, outros 17 servidores assinarão Termos de Ajustamento de Conduta (TAC), comprometendo-se a tomar medidas corretivas, como participar de cursos de reciclagem e evitar infrações futuras. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, fará um pronunciamento sobre a prisão às 15h.
Conclusão: A recaptura dos fugitivos representa um desfecho importante para uma situação que gerou preocupação nacional. A extensa investigação demonstra o compromisso em esclarecer as circunstâncias da fuga e garantir a integridade do sistema penitenciário federal. Que este caso sirva como um alerta para a necessidade contínua de vigilância e reformas no sistema carcerário brasileiro.