Diante da situação de seca e estiagem, e risco de escassez de água no Espírito Santo, o governador Renato Casagrande anunciou, nesta terça-feira (17), que serão implementadas medidas para garantir o uso consciente da água.
Haverá restrições especialmente voltadas aos grandes setores que mais consomem água. Atualmente, o Estado enfrenta um período crítico de estiagem dos rios e aumento de queimadas, fenômenos que têm se tornado mais frequentes em razão da seca prolongada e das altas temperaturas, afetando diretamente no abastecimento de água.
Em publicação nas redes sociais, Casagrande destacou que o Espírito Santo passa “por uma forte estiagem, com os rios em níveis mínimos”.
Para enfrentar o risco de escassez de água, ele anunciou que a Agência Estadual de Recursos Hídricos (Agehr) vai publicar uma Resolução de Alerta nesta quarta-feira (18) com medidas para o uso consciente da água e restrições para os grandes setores que mais utilizam água.
“A prioridade é garantir o abastecimento público e água para os animais. Essa medida é para evitar maiores problemas com a falta de água”, diz o post de Casagrande.
Veja a postagem:
MEDIDAS FORAM ADOTADAS NO ANO PASSADO
Em dezembro do ano passado, quando o Estado também apresentava um período de estiagem, o Grupo Técnico de Contingenciamento e Mitigação dos Impactos da Seca e da Estiagem (GTSECA), criado pela Agência Estadual de Recursos Hídricos, anunciou uma série regras para reduzir os impactos da seca.
Ficou proibido o uso de água tratada para lavar calçadas, carros, vidraças, bem como para irrigação de gramados e jardins, entre outros.
Além disso, empreendimentos industriais tiveram que adotar imediatamente medidas de reúso, reaproveitamento e reciclagem de água visando a redução do consumo.
Em caso de descumprimento das regras descritas na resolução publicada pelo Governo do Estado, os municípios deveriam aplicar penalidades, inclusive aplicando multas financeiras.
Dentre as medidas estavam que empreendedores agrícolas deveriam adotar preferencialmente o período noturno para a irrigação dos cultivos, bem como ampliar o uso racional da água visando à redução do consumo.
Na época foram destacadas algumas exceções:
– As captações em cursos de água superficiais destinadas a irrigação localizada de olericulturas, limitadas a uma área de 02 (dois) hectares por propriedade;
– Cultivos em estufas, com sistema de irrigação por microaspersões ou irrigação localizada;
– Cultivo hidropônico;
– Viveiros para produção de mudas.
Por Folha Vitória