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Remédios de alto custo desviados de hospitais de São Paulo eram revendidos a uma ONG do ES

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Uma família está sendo investigada por supostamente participar de um esquema de comércio ilegal de remédios de alto custo furtados de hospitais e centros de distribuição no interior de São Paulo. Os medicamentos desviados eram revendidos a uma ONG no Espírito Santo, revelou o programa Fantástico no último domingo (21). A investigação constatou que esses medicamentos, comprados com dinheiro público, eram destinados principalmente ao tratamento de pacientes com doenças graves, como o câncer.

De acordo com Fernando Bardi, diretor do Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo interior 2, 79 caixas de um medicamento utilizado no tratamento do câncer foram retiradas do estoque. A polícia descobriu que a quadrilha atuava há pelo menos um ano no furto desses medicamentos. A rota de transporte dos remédios começava no aeroporto de Viracopos, em Campinas, e seguia para Vitória, no Espírito Santo. Para evitar suspeitas, as encomendas eram declaradas como doações, já que não possuíam nota fiscal.

Durante as investigações, a polícia descobriu outro casal envolvido no esquema de desvio dos remédios. Gleidson Lopes Soares e Julianna Ritter, que dirigem uma ONG de apoio a pessoas com dificuldade de locomoção em Serra, no Espírito Santo, eram os compradores. Julianna, que também é assessora parlamentar, é sócia de uma empresa de produtos hospitalares.

O funcionário José Carlos dos Santos foi identificado como o primeiro suspeito. As autoridades o flagraram saindo com os remédios mesmo com a presença policial no local. Gabriela Carvalho, enteada de José Carlos, também foi implicada no caso. Imagens exclusivas exibidas pela TV Globo mostram Gabriela e o marido, Michael Carvalho, carregando medicamentos retirados do depósito do posto de distribuição.

José Carlos, Maria do Socorro e Gabriela Carvalho foram presos, enquanto Michael ainda está foragido. Durante o depoimento, Maria do Socorro confessou sua participação no crime. As investigações também revelaram mensagens de texto trocadas entre Michael e Maria do Socorro, onde ele fazia pedidos e ela repassava para José Carlos.

A Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo suspendeu o pagamento de José Carlos e iniciou um processo para repor o estoque de medicamentos. Além disso, foram implementados novos protocolos de segurança e acesso no departamento regional de Campinas, onde os remédios eram armazenados. Julianna Ritter, assessora parlamentar, foi exonerada do cargo que ocupava na Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales) devido às suspeitas de envolvimento no esquema.

A polícia estima que o valor dos medicamentos furtados chegue a aproximadamente R$ 1,1 milhão. As investigações continuam para identificar e responsabilizar todos os envolvidos nesse crime que afeta diretamente a vida e a saúde de pacientes que necessitam desses remédios.

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