Paris – Sem cansar de fazer história, Rebeca Andrade se tornou a primeira atleta brasileira a ganhar quatro medalhas em uma mesma edição dos Jogos Olímpicos. Ela fechou sua participação na França com chave de ouro, levando o título no solo. Assim, ela encerra sua campanha em Paris com um ouro, três pratas e um bronze, superando os três pódios de Isaquias Queiroz na Rio-2016. Além disso, ela ultrapassou Torben Grael e Robert Scheidt e agora está isolada como maior medalhista olímpica da história do Time Brasil com seis medalhas no total.
Rebeca Andrade fez a mesma série que apresentou outras três vezes em Paris, com os mesmos elementos e ao som de “End Of Time”, da Beyoncé, e “Movimento da Sanfoninha”, de Anitta. A brasileira foi muito bem nas acrobacias e mostrou uma coreografia espetacular. Mas Rebeca teve erros em alguns elementos de danças não tendo o Gogean (salto cadete com pirueta) e o Memmel (duplo giro no espacate) validados pela arbitragem, perdendo três décimos na sua nota de dificuldade. Ao final, a multi-medalhista olímpica tirou 14.166 para terminar em primeiro lugar.
Simone Biles era a favorita para a medalha de ouro. Ela fez a série mais difícil da final, com direito ao duplo mortal com três piruetas e ao duplo mortal esticado com meio giro, os dois elementos do solo que levam o seu nome. Mas ela teve erros em duas passadas, saindo da área do solo com os dois pés, o que acarreta em 0.6 de penalidade. Ela tirou 14.133 ficando assim atrás de Rebeca Andrade.
O bronze ficou a princípio com a romena Ana Maria Barbosu, que voltaria a colocar o país no pódio na ginástica artística após 12 anos. Ela conta com uma série muito bem montada, com pouca margem para descontos de execução. Barbosu tirou 13.700 para ficar em terceiro lugar. Mas a norte-americana Jordan Chiles, que tinha tirado 13.666 inicialmente, pediu um recurso e sua nota subiu para 13.766, ficando com o bronze.
Rebeca Andrade adiantou durante a semana que esse talvez fosse sua última apresentação no solo. Ela comentou em entrevistas na Olimpíada que deve continuar competindo, mas com foco em alguns aparelhos. A ginasta explicou que as lesões nos joelhos e nos pés ao longo da carreira fazem com que o solo seja o aparelho mais difícil para ela treinar. Mas Rebeca sempre respondeu mantendo a possibilidade aberta para caso o seu físico melhor voltar a fazer o solo.
Com informações de R7