Nilton Rosa Filho, de 64 anos, é o principal suspeito de provocar um acidente fatal que tirou a vida de Augusto Bianchi, de 21 anos, em São Gabriel da Palha. O caso gerou grande repercussão no município e levantou questões sobre a reincidência do motorista em casos de violência no trânsito. Em 2015, Nilton já havia atropelado e matado Mônica Andreia dos Santos em circunstâncias trágicas, arrastando-a por aproximadamente 25 metros. A Justiça de São Gabriel da Palha, no entanto, nunca chegou a pautar o julgamento desse primeiro caso, o que trouxe à tona questionamentos sobre a impunidade.
O acidente envolvendo Augusto Bianchi ocorreu no dia 12 de agosto deste ano. Segundo imagens de câmeras de segurança, o motorista da Toyota Hilux invadiu a contramão ao tentar uma ultrapassagem perigosa sobre uma ponte, atingindo a moto que Augusto pilotava. O impacto foi tão violento que o jovem foi arremessado da ponte, e o motorista fugiu do local sem prestar socorro. O acidente aconteceu um dia após Augusto ter celebrado seu noivado, o que intensificou ainda mais a comoção nas redes sociais e entre a comunidade local.
A caminhonete envolvida no acidente foi identificada como pertencente a Nilton Rosa Filho, conforme o Boletim de Ocorrência da Polícia Militar. Testemunhas relataram que o motorista fugiu em direção a São Domingos do Norte. A placa do veículo caiu no asfalto, e a perícia da Polícia Científica foi acionada para investigar o caso. Infelizmente, o corpo de Augusto permaneceu no local por cerca de cinco horas até a chegada do rabecão, gerando revolta pela demora no atendimento.
Este não é o primeiro incidente trágico envolvendo Nilton Rosa Filho. Em 2015, ele já havia sido preso em flagrante por atropelar Mônica Andreia dos Santos enquanto dirigia embriagado. Na época, o motorista tentou fugir do local, mas foi contido por populares até a chegada da polícia. Desde então, a família de Mônica aguarda por justiça, enquanto o caso permanece sem julgamento.
A reincidência de Nilton e a falta de resolução judicial para os crimes cometidos levantam um alerta para a sociedade sobre a necessidade de uma resposta mais ágil e efetiva do sistema de justiça. Casos como esses mostram a importância de responsabilizar motoristas imprudentes, especialmente quando suas ações resultam em mortes trágicas e evitáveis.