O conflito entre Israel e o grupo extremista Hezbollah escalou nesta sexta-feira (20), com troca de ataques intensos entre as duas partes. O Exército israelense realizou um bombardeio em Beirute, capital do Líbano, atingindo áreas controladas pelo Hezbollah. De acordo com o Ministério da Saúde libanês, o ataque deixou 12 mortos e 59 feridos, incluindo crianças. A operação israelense teve como alvo principal Ibrahim Aqil, comandante da força Al Radwan, unidade de elite do Hezbollah, que foi morto durante a ação, conforme confirmado por fontes do grupo. Este bombardeio é considerado o maior ataque ao Líbano desde o início da guerra entre Israel e o Hamas, em outubro de 2023. Fontes governamentais libanesas indicaram que prédios residenciais e veículos foram destruídos na ofensiva. Imagens divulgadas pela imprensa mostraram densa fumaça sobre a capital libanesa.
Por sua vez, o Hezbollah retaliou com o lançamento de 150 foguetes em direção ao norte de Israel, utilizando mísseis Katyusha, que têm capacidade de superar os sistemas de defesa israelenses. Até o momento, o serviço de emergência de Israel não reportou vítimas. A troca de ataques ocorre em meio a uma série de explosões no Líbano, na última semana, envolvendo pagers e “walkie-talkies” usados pelo Hezbollah. De acordo com investigações preliminares, explosivos teriam sido incorporados de maneira sofisticada às baterias desses dispositivos, o que levou à explosão que matou 37 pessoas e deixou mais de 3 mil feridos.
O governo libanês acusou Israel de estar por trás dessas explosões e informou a Organização das Nações Unidas (ONU) sobre suas suspeitas. A investigação, segundo fontes do Líbano, revelou que os explosivos foram ativados remotamente por meio de mensagens eletrônicas enviadas aos aparelhos. O Hezbollah considerou as explosões uma “declaração de guerra” e prometeu retaliar. O Conselho de Segurança da ONU deve se reunir para discutir o agravamento da situação.
Por Felipe Cerqueira em Jovem Pan