O jovem capixaba suspeito de lançar uma vaquinha online para financiar um suposto ataque ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é um estudante universitário de 19 anos, residente em Aracruz, no litoral Norte do Espírito Santo.
De acordo com a Polícia Federal, o estudante manifestou em uma rede social sua intenção de angariar fundos para contratar um “sniper”, um atirador de elite, visando realizar o ato. O delegado federal Lorenzo Esposito, da Delegacia de Crimes Fazendários (Delefaz) da PF, responsável pela investigação, detalhou que tanto o celular quanto o computador do suspeito foram apreendidos para averiguação.
O delegado destacou: “Através das redes sociais, o indivíduo proferiu ameaças contra o presidente da República, incitando a formação de uma ‘vaquinha’ para contratar um ‘sniper’ com habilidades de precisão para a execução do ato”. O suspeito reside em um bairro de classe média alta em Aracruz, denominado Bela Vista, e já estava sob investigação da Polícia Federal desde o ano anterior, por solicitação do Ministério da Justiça.
A Operação Eco, deflagrada recentemente, culminou com o cumprimento de um mandado de busca e apreensão na residência do jovem, com o intuito de investigar as alegadas infrações penais de ameaça e incitação ao crime contra a Presidência.
Lorenzo Esposito explicou: “Recebemos a denúncia, iniciamos a investigação, identificamos o indivíduo e confirmamos suas postagens. Ele reside em Aracruz, e obtivemos autorização judicial para realizar busca e apreensão. Ele é um jovem de 19 anos, estudante e desempregado.”
Na busca realizada, nenhuma arma foi encontrada na casa do suspeito. O delegado acrescentou: “Não encontramos armas ou qualquer evidência nesse sentido. A apreensão concentrou-se em seus dispositivos eletrônicos para verificar a continuidade das ameaças.”
O universitário foi interrogado e posteriormente liberado, mas enfrentará acusações por ameaça e incitação ao crime, com penas máximas de seis meses de prisão. Contudo, devido à natureza considerada de menor potencial ofensivo, a Justiça poderá optar por substituir a prisão por penas alternativas, como multa ou serviço comunitário.
Lorenzo Esposito ressaltou: “O suspeito confessou durante o interrogatório que fez as postagens, porém alegou que não planejava executar as ameaças. Ele afirmou que se arrependeu e chegou até a excluir sua conta na rede social posteriormente.”