Em uma final histórica, o Botafogo conquistou o seu primeiro título da Copa Libertadores da América, neste sábado (30), ao vencer o Atlético-MG por 3 a 1, no estádio Más Monumental, em Buenos Aires. A vitória coroou uma campanha marcante, onde o time superou dúvidas sobre sua estabilidade emocional desde o início do ano, mostrando força ao vencer o Galo, mesmo com um jogador a menos desde os primeiros segundos de jogo, após a expulsão de Gregore.
Os gols que garantiram o título inédito do Botafogo foram marcados por Luiz Henrique, Alex Telles (de pênalti) e Júnior Santos, todos no primeiro tempo. O chileno Vargas descontou para o Atlético-MG no início da etapa final, mas o time mineiro, que venceu a Libertadores apenas uma vez, em 2013, não conseguiu evitar a derrota.
Primeiro tempo eletrizante em Buenos Aires
A primeira etapa foi marcada por emoções intensas e acontecimentos rápidos. Logo aos 30 segundos, Gregore foi expulso após uma falta em Fausto Vera, tornando-se o autor do cartão vermelho mais rápido da história das finais da Libertadores. Mesmo com a desvantagem numérica, o Botafogo não se abateu e continuou a pressionar, buscando seu primeiro título na competição.
O técnico português Artur Jorge optou por manter a formação inicial, adaptando a equipe para a nova realidade de jogo. Sua ousadia se mostrou premiada.
Dez minutos mágicos para o Botafogo
A virada emocional do time carioca começou aos 35 minutos. Marlon Freitas tentou um chute desajeitado da entrada da área, a bola desviou na defesa atleticana e sobrou para Luiz Henrique, que, com categoria, abriu o placar. O gol abalou o Atlético-MG, que, mesmo com um jogador a mais, viu o Botafogo crescer no jogo.
(Foto: Vítor Silva/Botafogo / Esporte News Mundo)
Poucos minutos depois, aos 44 minutos, um erro do Galo resultou em pênalti para o Botafogo. Battaglia fez um recuo de cabeça, Arana não conseguiu proteger a bola e Luiz Henrique, mais rápido, foi derrubado por Everson. O árbitro, após revisão no VAR, marcou a penalidade. Alex Telles converteu com precisão, ampliando para 2 a 0.
Galo reage, mas não evita a derrota
Na volta para o segundo tempo, o técnico Gabriel Milito fez mudanças no Atlético-MG, colocando Mariano, Bernard e Vargas nos lugares de Lyanco, Vera e Scarpa. A alteração surtiu efeito imediato: aos dois minutos, Vargas marcou de cabeça, após escanteio de Hulk, diminuindo para 2 a 1.
O Atlético-MG foi para o ataque em busca do empate e, no decorrer da partida, pediu dois pênaltis: um em Hulk e outro em Deyverson. Ambos foram ignorados pelo árbitro. O Galo também assustou aos 18 minutos, quando Hulk chutou colocado e obrigou John a fazer uma grande defesa, evitando o gol de empate.
Botafogo resiste e conquista a Glória Eterna
Com um jogador a menos desde o início do jogo, o Botafogo sofreu com o desgaste físico. Jogadores como Luiz Henrique, Savarino e Almada tiveram que se sacrificar defensivamente e foram substituídos durante a etapa final. A equipe perdeu sua força ofensiva e passou a depender da defesa sólida e de um pouco de sorte. E a sorte esteve ao lado do Botafogo.
No último lance da partida, aos 51 minutos, Júnior Santos marcou um gol histórico em um contra-ataque rápido, selando a vitória por 3 a 1. A conquista foi ainda mais emocionante, com a torcida botafoguense lotando as ruas de Buenos Aires e celebrando o título da Glória Eterna.