Desde o final de 2023, está em andamento o acordo de delação premiada do policial militar reformado Ronnie Lessa, acusado de ser o autor dos disparos que resultaram na morte da vereadora Marielle Franco (PSol-RJ) e do motorista Anderson Gomes em 2018. O processo está sendo analisado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Isso indica que o mandante do crime, que possui foro especial por prerrogativa de função, também conhecido como foro privilegiado, está sujeito a investigação, processo e julgamento por um órgão judicial específico, diferentemente do que ocorre com pessoas comuns.
Dentre os mencionados nas investigações do assassinato da vereadora, está Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) do Rio de Janeiro, de acordo com uma reportagem do colunista Guilherme Amado, do Metrópoles. Em setembro de 2019, Brazão foi acusado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de obstrução à Justiça no caso Marielle. No entanto, em março do ano passado, a Justiça do Rio de Janeiro rejeitou a acusação contra ele.
Atualmente, a delação premiada de Ronnie Lessa no caso Marielle ainda aguarda homologação pelo STJ. O acordo com a Polícia Federal (PF) foi divulgado pelo colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, no último domingo (21/1). Após quase seis anos, essa delação pode finalmente lançar luz sobre o mistério que envolve o caso Marielle.