Justiça Decreta Prisão de Danielle Bezerra dos Santos por Lavagem de Dinheiro
A Justiça decretou a prisão preventiva de Danielle Bezerra dos Santos, esposa do policial civil Rogério de Almeida Felício, conhecido como Rogerinho. De acordo com o Ministério Público de São Paulo (MP-SP), Danielle está envolvida em lavagem de dinheiro para uma organização criminosa. A ordem de prisão foi emitida na quinta-feira, 17, mas Danielle está foragida.
Acusações e Atividades Ilícitas
O MP-SP afirma que Danielle atuava diretamente nas atividades ilícitas da organização criminosa, ocultando dinheiro proveniente do tráfico de drogas e outros crimes. Segundo as investigações, ela ajudava a administrar contas bancárias em nome de empresas laranjas, usadas para movimentar dinheiro de origem ilícita.
Conexão com o PCC
Danielle foi casada com Felipe Geremias dos Santos, conhecido como “Alemão”, um dos operadores do PCC (Primeiro Comando da Capital). Após a morte de Alemão em 2019, ela e Rogerinho teriam assumido o controle das cobranças de dívidas relacionadas à facção criminosa.
Em uma gravação obtida pela polícia, Rogerinho menciona que pediria autorização ao PCC para cobrar os devedores de Alemão, utilizando métodos de intimidação.
Rogerinho e o Esquema de Extorsão
Rogerinho, atualmente preso, foi segurança do cantor Gusttavo Lima em eventos esporádicos, segundo a Balada Eventos, que administra a carreira do artista. Ele é acusado de integrar um esquema de extorsão contra Vinícius Gritzbach, delator do PCC assassinado em 2023. O policial e outros sete agentes civis supostamente extorquiam bens e dinheiro de Gritzbach.
Lavagem de Dinheiro e Organização Criminosa
As denúncias incluem corrupção passiva, peculato e envolvimento em uma organização criminosa. Danielle e outros acusados, incluindo empresários e advogados, estão sendo investigados pela Polícia Civil e pelo MP-SP.
Posição Oficial da Polícia Civil
A Polícia Civil declarou que não compactua com desvios de conduta e que agentes envolvidos em crimes serão rigorosamente punidos. As investigações seguem em sigilo judicial.
Este caso destaca uma rede de corrupção e crimes organizados envolvendo policiais e membros de facções criminosas. As denúncias reforçam a necessidade de ações enérgicas para combater essas práticas.