A cidade de Barra de São Francisco, no Noroeste do Espírito Santo, tem adotado um importante aliado na luta contra a dengue: armadilhas inteligentes chamadas ovitrampas, que vêm sendo utilizadas desde abril de 2024 para monitorar e identificar focos do mosquito Aedes aegypti.
Instaladas em pontos estratégicos de bairros como Campo Novo, Irmãos Fernandes, Bambé, Colina, Cruzeiro, Vila Landinha e Centro, as armadilhas são pequenos recipientes plásticos com água, uma palheta de madeira e um atrativo à base de levedo de cerveja, que simula o ambiente ideal para que o mosquito deposite seus ovos.
A iniciativa é da Prefeitura Municipal, por meio da Vigilância Ambiental em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde (Semus). De acordo com a coordenadora da Vigilância Ambiental, Patrícia Moura, o sistema tem sido essencial para orientar ações mais precisas dos agentes de endemias.
“Com o monitoramento das armadilhas, conseguimos agir de forma mais direcionada e reduzir o tempo de resposta nas áreas com maior incidência”, explicou Patrícia.
Números preocupantes, ação rápida
Na Semana Epidemiológica 37, das 70 armadilhas analisadas, foram identificados 3.308 focos do Aedes aegypti. Esses dados permitem que os agentes planejem visitas dentro de um raio de 200 metros ao redor de cada armadilha, abrangendo residências próximas com maior risco de infestação.
Antes da implementação da tecnologia, os ciclos de visita aos bairros variavam entre 30 e 40 dias. Agora, o intervalo pode ser reduzido para menos de 15 dias, conforme a necessidade de controle em cada região.
Trabalho em várias frentes
As ovitrampas não substituem, mas complementam outras ações da Prefeitura, como visitas domiciliares, inspeções em pontos estratégicos e os levantamentos de infestação realizados anualmente. A meta é interromper o ciclo de reprodução do mosquito antes que ele se torne vetor de doenças como dengue, zika e chikungunya.
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