O governo brasileiro e o da Colômbia emitiram uma nota conjunta, nesta terça-feira (3), em que manifestam “profunda preocupação” com a ordem de prisão contra o candidato presidencial da Venezuela Edmundo González Urrutia. O opositor de Nicolás Maduro teve mandado de prisão emitido nesta segunda-feira (2).
“Esta medida judicial afeta gravemente os compromissos assumidos pelo Governo venezuelano no âmbito dos Acordos de Barbados, em que governo e oposição reafirmaram seu compromisso com o fortalecimento da democracia e a promoção de uma cultura de tolerância e convivência. Dificulta, ademais, a busca por solução pacífica, com base no diálogo entre as principais forças políticas venezuelanas”, diz a nota.
O Ministério Público da Venezuela acusa Urrutia de não comparecer a três intimações para prestar depoimento sobre uma investigação relacionada a fraude eleitoral.
Brasil e Colômbia têm tentado fazer uma mediação na Venezuela para encerrar a crise política desencadeada após as eleições de 28 de julho. O CNE (Conselho Nacional Eleitoral) declarou o presidente Nicolás Maduro vencedor, mas nunca apresentou as atas comprovando isso.
A oposição afirma que houve fraude e que o verdadeiro vencedor foi Edmundo González Urrutia.
Por Thays Martins, do R7, em Brasília