23.2 C
Barra de São Francisco
90

Reviravolta Judicial: Tribunal de Justiça Derruba Liminar contra Advogados em Nova Venécia

Date:

Compartilhe:

O Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES) derrubou uma liminar que visava 11 advogados em Nova Venécia, em uma decisão monocrática que ainda passará por análise colegiada. O desembargador Júlio César Costa de Oliveira, da 1ª Câmara Cível do TJES, anulou a decisão provisória que interrompia o pagamento mensal de valores a advogados locais. Esta medida tinha sido tomada após o Ministério Público do Espírito Santo (MPES) acusar os advogados de cobrarem valores excessivos de pessoas vulneráveis.

A decisão de primeira instância exigia a interrupção das cobranças para pessoas com renda de até R$ 2.824, sob pena de multa de R$ 10 mil. No entanto, quatro dos advogados recorreram ao TJES e tiveram sucesso, com o tribunal barrando as medidas. O desembargador relator do recurso argumentou que não há evidências de cooperação entre os advogados para cometer crimes e que a denúncia não especificava as ações ilegais de cada advogado.

Os advogados que recorreram afirmam no recurso demonstrar equívocos na ação civil pública e na decisão anterior do magistrado Maxon Wander Monteiro, alegando que estas tentavam criminalizar práticas legais e comuns na advocacia previdenciária. O MPES informou que avalia se irá interpor recurso.

A ação movida pelo MPES detalhou que os advogados envolvidos retardavam o ajuizamento de ações, supostamente para obter ganhos maiores sobre os honorários contratuais. Muitas vezes, as demandas sequer eram ajuizadas mesmo após meses ou anos da contratação dos serviços advocatícios, prejudicando os contratantes.

Além disso, a Justiça chegou a determinar a redução de honorários em alguns casos individuais, porém, alguns advogados recebiam os valores por fora, de forma não declarada. A Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional do Espírito Santo (OAB-ES) repudiou o que chamou de “criminalização da advocacia previdenciária” e criticou a exposição vexatória da classe. A OAB defendeu o direito à remuneração dos advogados e manifestou-se contrária ao enriquecimento ilícito.

Enquanto isso, o Ministério Público de Nova Venécia ainda aguarda ser oficialmente informado da decisão para decidir sobre possíveis recursos ao TJES. Esta reviravolta judicial evidencia a complexidade das questões envolvendo práticas advocatícias e a proteção dos direitos das pessoas vulneráveis.

-publicidade-spot_img

━ MAIS LINKS

Pedro, do Flamengo, sofre grave lesão no joelho na seleção e está fora da temporada

Pedro está fora da temporada 2024. Na noite dessa quarta-feira (4), o atacante deixou o treinamento da seleção brasileira por lesão no joelho esquerdo...

Escolas municipais de Vila Luciene e Vila Paulista promovem desfile cívico escolar em Barra de São Francisco

Em alusão à comemoração do Dia da Independência do Brasil, escolas municipais de dois bairros de Barra de São Francisco promoveram desfiles cívicos escolares...

Sine de Barra de São Francisco está com 39 vagas de empregos formais; veja a lista

A agência do Sine de Barra de São Francisco está com 39 vagas de empregos formais disponíveis em vários setores. Há oportunidades para auxiliar...

Moqueca gigante de 600kg é atração de festival em Anchieta

O mais famoso prato da culinária do Espírito Santo vai ganhar novamente sua maior versão feita em panela de barro durante o 8º Festival da...

Homem que matou mãe e filho na Serra apanha de detentos em presídio no ES

O homem suspeito de matar mãe e filho com golpes de marreta na Serra, em julho deste ano, foi agredido por detentos do Centro de Detenção...

Deixe um Comentário

Por favor, insira seu comentário!
Seu comentário está aguardando moderação